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Advogado de Anápolis morre após mal súbito e fez dezenas de chamadas para pedir socorro

Rodrigo Bonfim Jaime, 47 anos, tentou ligar repetidamente para o SAMU antes de perder o controle do carro; polícia investiga hipótese de infarto.

Na madrugada do dia 20 de novembro, o advogado Rodrigo Bonfim Jaime, de 47 anos, foi encontrado morto dentro de seu carro em Anápolis (GO), em um episódio que chocou a comunidade local. Segundo denúncias e registros de telefone, ele teria realizado várias (dezenas de) chamadas para o número de emergência do SAMU, na tentativa de pedir socorro, antes de sofrer o mal súbito.

De acordo com o boletim de ocorrência e relatos de testemunhas, o automóvel de Rodrigo colidiu em um cruzamento entre a Rua José Neto Paranhos e a Rua Visconde de Taunay. Um morador da região, ao ouvir o impacto, se aproximou do veículo e encontrou o advogado desacordado, com dificuldade para respirar e sem camisa. A pessoa improvisou um abrigo térmico cobrindo Rodrigo com uma blusa, até a chegada do socorro. 

Equipes do Corpo de Bombeiros e do SAMU foram acionadas rapidamente, mas constataram o óbito no local.  Segundo a perícia preliminar, não foram encontradas lesões externas no corpo, o que reforça a hipótese de um mal súbito, possivelmente um infarto. 

Um ponto particularmente angustiante no caso é que, no celular de Rodrigo, foram registradas múltiplas chamadas para o número 192 (SAMU), o que sugere que ele estava consciente do problema de saúde e tentou ativamente obter ajuda antes de perder a consciência.  Algumas fontes afirmam que ele chegou a ligar até 17 vezes, segundo informações circulando nas redes sociais. 

A investigação foi iniciada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). O delegado responsável, Manoel Vanderick, afirmou que não há, até o momento, indícios de crime ou agressão: “À primeira vista, não havia fatores externos que pudessem justificar a morte”, declarou à imprensa.  A família, por sua vez, aguarda o laudo oficial do Instituto Médico Legal para confirmar a causa exata do falecimento. 

Rodrigo era advogado na área cível, e colegas de profissão e familiares lamentaram profundamente a perda. Ele deixa dois filhos.  A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás (OAB-GO) divulgou nota de pesar, destacando o legado de profissionalismo e amizade que ele deixa para a classe. 

Contextualização e impacto:

Este caso levanta discussões importantes sobre os protocolos de socorro em casos de mal súbito: a persistência de Rodrigo nas ligações para o SAMU pode indicar tanto a gravidade de sua situação quanto possíveis falhas na resposta a chamadas de emergência tão urgentes. Além disso, a tragédia reacende o debate sobre a saúde mental e física de profissionais jurídicos, cobrando ainda mais atenção de entidades como a OAB para programas de prevenção e suporte.

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