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Bolsonaro recusa refeições da Polícia Federal e passa a comer apenas alimentos levados pela família

Ex-presidente afirma ter medo de ser envenenado e evita cardápio institucional; família leva refeições segundo protocolo e PF inspeciona itens entregues. Relato de aliados aponta dieta com baixo teor de gordura e rotina acompanhada por equipe médica.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, tem recusado as refeições servidas aos demais custodiados e optado por consumir apenas alimentos preparados por familiares e auxiliares de confiança, segundo relatos de veículos que acompanharam sua rotina desde o início da detenção. As informações apontam que, nas primeiras 48 horas após a transferência, Bolsonaro preferiu itens simples como pão com ovo e café com leite e que as refeições levadas seguem orientação médica com restrição de gordura.

Fontes próximas ao ex-presidente dizem que a recusa do menu institucional não é apenas questão de gosto. Bolsonaro já manifestou publicamente, em entrevistas e participações em podcasts, o temor de ser envenenado caso venha a ser preso, e aliados interpretam seu comportamento como reflexo desse medo. Em março de 2025 ele chegou a afirmar que não tinha “a menor dúvida” de que seria envenenado se fosse detido, declaração que voltou a circular em reportagens após a prisão.

A prática de permitir que familiares levem alimentos e itens pessoais a custodiados é possível desde que observados os protocolos de segurança da corporação. Reportagens registraram que itens como escova de dentes e desodorante foram entregues mediante inspeção pela Polícia Federal, e que as refeições também passaram por checagens antes de serem encaminhadas ao ex-presidente. Segundo relatos, a equipe jurídica e médica de Bolsonaro também tem acompanhado a logística e a dieta.

Do lado institucional, a PF mantém rotina de procedimentos para detentos e informa que medidas de segurança e fiscalização de objetos e alimentos são rotina em superintendências. Até o fechamento desta reportagem não havia publicado nenhum comunicado público específico que contradissesse os relatos sobre a recusa das refeições institucionais, mas a corporação confirmou aos veículos que o ex-presidente está recolhido em dependência adequada e que as visitas e entregas seguem protocolo.

Analistas consultados nos veículos que cobriram o caso observam que a recusa de alimentos de origem institucional por figuras públicas presas pode ter motivações múltiplas. Entre elas estão o receio por segurança pessoal, recomendações médicas específicas, e uma preferência por manter rotinas familiares em situação de detenção. Advogados e aliados do ex-presidente comentaram à imprensa que o objetivo imediato é preservar o estado clínico e o conforto emocional de Bolsonaro durante o período de custódia.

Contexto imediato

A mudança de rotina ocorreu após a prisão preventiva determinada em decorrência das investigações sobre a operação conhecida como Contragolpe, que apura suposta organização para subversão da ordem democrática. Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal em Brasília e, desde então, suas condições de alimentação e visitas passaram a ser tema de cobertura intensa na mídia. Enquanto aliados destacam calma e conversas normais do ex-presidente, adversários e analistas jurídicos acompanham os desdobramentos processuais que levaram à detenção.

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